Ah! Que belo efeito exerce sobre mim o clarão de uma lâmpada a fundir! Qual fogo de artifício em festas de verão, qual tempestade tropical! O doce estrondo da lâmpada a rebentar ao ligar do interruptor é que move!
Sim. Factos deveras estranhos estão a acontecer em “minha” casa.
Depois de um final de tarde excelentemente passado no nosso Teatro Nacional dedicado às lides líricas, e por demais feliz por ter passado pela minha primeira experiência ao vivo, passo pela ainda mais jactante experiência de ligar o candeeiro da sala e: “Puff!”, lá se vai a lâmpada, lá se vai o disjuntor abaixo (que agora já sei que se chama assim). Mas a maior surpresa vem depois. Toda a electricidade da ala oriental da “minha” casa foi-se abaixo com o nobre acontecimento, ou seja, a lâmpada espatifou igualmente toda a electricidade que havia na sala e a lâmpada da cozinha. Felizmente o frigorífico funciona! Lá tive que ligar ao meu tio, o senhor da manutenção/bombeiro, que lá me explicou que aquela tal coisa se chama disjuntor (ah!) e... coiso... Bidas...
Conclusão: terminei o meu dia na mesma onda intimista/compenetrada à luz de três velas, vagamente suportada pela lâmpada do hall de entrada, e a comer o pior peixe cozido das últimas semanas...
Posto isto, só me apetece dizer: viva a Ópera Iluminada!
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