Não me soa bem. Não… mas passo a explicar-vos. Depois de anos na ignorância, descobri que a variedade de peras da última árvore de fruto que ainda resiste naquele que foi outrora um povoado quintal (e agora está há coisa de uns poucos anos a tentar ser um jardim) é D. Joaquina!
Sei que tenho rosas Santa Teresinha, que tive uma ameixieira que dava frutos cujo nome metia assim também uma santidade qualquer, mas confesso que nunca prestei muita atenção a quando a minha avó referia estes nomes todos. Hoje lamento, mas paciência. Chavalices…
Contudo, no entanto, porém, confesso também (para quê gastar dinheiro em psicanálises se posso vir para aqui desabafar? Tenho que dizer isto da próxima vez que for à otorrino e ela me aconselhar uma psiquiatra) que fiquei um bocadinho triste, quiçá a roçar a desilusão. Ora porquê? Então?! Então?! Meus Fofos, Joaquina é nome de camareira! Ora qu’esta! Está bem que ainda lhe puseram o “Dona” antes, para tentar compor a coisa, mas a mim não me convencem. Ah, não! Não a mim! D. Berta… D. Carlota… D. Martinha… Isso sim seria estiloso.
Já me estou a imaginar a dar um jantar e a fazer a sobremesa maravilhosa com chocolate a envolver as ditas peras e as pessoas todas: “Oh!", “Ah!”. E eu a dizer de boca cheia (de orgulho, entenda-se): “Ah, é D. Bêrta”, “Ah! D. Bêrta? Que curiosíssimo!”. E depois eu acrescento, reguzijantemente: “Ê. Sabe, foi o nome que o meu tetravô deu a êsta variedade de pêra. Ele teve uma filha que, coitádá, êra muito dêbil e morreu muito nôva, e então ele baptizou assim a pêra. Desde então assim ficou. Ê uma coisa de família, tá a vêre?”.
Assim é que era! Chique!
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