Tenho sido nos últimos tempos abordada por uma pessoa que me tem dado algo que pensar. Ele soube disto do nosso blog, mais concretamente do clube por mim fundado, o CABB, e anda a fazer-me a cabeça. Eu expliquei-lhe que a admissão não é rígida mas que tem de cumprir, no mínimo, como é óbvio, a premissa de se ser pelo menos barítono. Ele ficou um bocadinho triste por eu ter dito isto porque julgava que ele tinha qualidades suficientes para eu abrir uma excepção. Eu, sinceramente, fiquei um bocadinho de pé atrás por ele ter ficado logo triste tão depressa porque gajoqueégajo não fica logo assim. Mas pronto, eu pensei e resolvi ceder. Afinal, concordo com ele, quando diz que a sua voz tem uma cor escura a cair para o barítono, não é, de facto, o típico tenor. Depois, tem ar de muito gajo, outra condição fundamental para a admissão no clube por isso, pronto, lá cedi. Mas eu adverti-o logo: “Tu não abres muito o jogo a certo e determinado nível, mas eu aviso já que no clube só são idolatrados gajos muito gajos. Não há cá amuos nem birras nem outras coisas. Sim porque eu estou de olho em ti.”. Por fim, porque eu gosto de ser amiga das pessoas, pedi-lhe: “Pronto, já que queres fazer parte do clube, podes escolher a peça.”. Coitadinho! Pela primeira vez vi-o levantar aquele ar meio fechado e taciturno que tem e esboçou um ligeiro sorriso. Escolheu o “Gott! Welch Dunkel hier!", do Fidelio, de Beethoven. Eu esbogalhei os olhos e disse: “Ah, Beethoven! Ando a aprender umas coisas sobre ele!”.
E pronto. Ele agradeceu-me, foi-se embora e pediu-me para eu lhe dizer quando pusesse o post no blog. Vou avisá-lo agora. Pronto. João, já pus, espero que gostes e não te preocupes porque eu vou ser dicreta relativamente a certos… assuntos…
PS: Pedi a opinião à nossa LittleGirlBlue e ela diz que o João não… quer dizer, é…
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