Hoje venho aqui falar duma coisa que me foi suscitada por um comentário feito após a notícia (com muito pouca graça) de que tinham sido atropelados dois peregrinos na estrada, quando íam para Fátima a pé.
Ora, quanto ao sucedido, lamento. Quanto ao comentário que ouvi direitinho da boca de outra peregrina, já não lamento, tendo em conta que me deu uma grande vontade de rir! Eis que esta senhora defende que os peregrinos tenham uma estrada só para eles! Ò minha amiga, minha crente, minha senhora cheia de fé, então mas que raio de peregrinação seria essa, numa estradinha feita à medida para quem vai em pagamento duma promessa, por fé, por acreditar?! E por onde iria passar essa estrada? Da frente da sua casa, dando a volta a Faro, passando por Viseu e pela Figueira da Foz, dando a volta a Viana do Castelo, com uma breve passagem por Bragança? Se calhar era melhor aí, em Bragança, fazerem um cruzamento, com saídas para Braga, Porto e Santiago de Compostela, não?
Já estou a imaginar a “Estrada da Peregrinação”, com Macdonalds de 20 em 20 km, postos de abastecimento de águas de 1500 passos em 1500 passos, lojas de recuerdos em cada grande cidade... Por sugestão de quem ouviu o comentário comigo, poderia sempre pensar-se em construir uma “peregrinovia”!
Quanto a vocês não sei, mas eu, meus amigos, não pretendo ir a pé para Fátima porque acho que os coletes reflectores não me ficam bem... De qualquer forma, respeito quem o faz e, em vez de comentários infelizes e despropositados, tenham mas é cuidado com as “biaturas” que por aí circulam!
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