quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Pipocas, algodão doce, farturas e carrinhos de choque!

É Verão. Tempo de praia, piscina, sol, festas populares e farturas. Passeios pelas feiras, ficarmos malucos com as pechinchas que vemos e entusiasmados com os berros que os ciganos nos atiram para os ouvidos. É, é tempo disso tudo.

E é tempo também do quê? De uns belos espectáculos de grandes artistas da música ligeiro-popular. E o que é que eu faço? Vou ver um, pois concerteza.

Aquilo corre bem, e tal, a brejeirice faz parte do jogo, as músicas são o que são mas também é preciso ter jeito para escrever aquilo, os trocadinhos manhosos, as graçolas implícitas… Até está a ser engraçadinho. Lá aparece o gelado de framboesa, a senhora que tem insónias e só consegue dormir lá para as 3 da manhã (não, não estou a falar de ti, LittleGirlBlue), a garagem da vizinha, aquele senhor que diz que cozinha muito bem graças à panela de pressão (na altura em que a música foi escrita ainda não havia a Bimby…), aparece tudo. E eu sei-as todas! Todinhas!

Só que às páginas tantas a coisa começa a descambar. É o que dá os à-vontades… Ele há gente que uma pessoa dá uma ponta do dedo e querem logo a mão toda. Tudo começa com o teclista do dito artista a atirar, arremessar descontroladamente, piscadelas a tudo o que é gaja (e, por sinal, no meio daquele bombardeamento também acerta em mim). Há outra, vejo quarentonas que o tempo fez o favor de inchar e desdentar, de cigarro na mão, a dançar freneticamente como se não houvesse amanhã e depois… depois vem a parte mais suculenta! Meus amigos, vejam só! Homens a atirarem-se a outros homens, nas barbas das mulheres destes últimos. E o pior é que estes últimos, com as mulheres ao lado (senhoras de respeito, com os seus 50 anos e que usam ganchos com gatinhos), estão a gostar da conversa! Oh meu Deus! Isto eu não vi, foi o que me contaram, é a modos que um diz que disse. Mas a fonte é seguríssima, podem acreditar. Mas isto é mesmo assim, porque a gente está nesta vida é para se divertir e também já é uma da manhã e a senhora já está é com sono e com a consciência pesada de ter perdido as 3 novelas da TVI, por isso não deve dar por nada.

Sabem o que vos digo? Viva o nosso povo, viva a nossa cultura popular, a sardinha assada, os churros e as farturas! Bem bom! Hey!

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