segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Reino das Áfricas


Eu antes era uma gaja que adorava futebol. Aliás, ficará na minha memória a altura em que deixava de estudar (Filosofia, odiei sempre) e punha-me aos berros para a televisão, a dizer ao treinador para tirar não sem quem e pôr o não sei quantos. Depois deixei-me disso porque tornei-me numa pessoa doente, sem se poder enervar.

Estou tão desligada disto que, ao princípio, quando via o anúncio ao concerto dos Black Eyed Peas, com o Bruno Alves a cantar no carro, não percebia muito bem o que é que o cu (a selecção) tinha a ver com as calças (o referido grupo). Agora já percebi… dah! Mas o que me está a arreliar não é o facto daquela música (que eu por enquanto ainda consigo ouvir sem entrar em convulsões) ser o hino oficial da selecção para o mundial e, como tal, ter de me preparar psicologicamente para a gramar até ao cúmulo da minha resistência. O que me está a apoquentar é o facto de agora terem ido desencantar as vuvuzelas, lá das Áfricas! Já estou a imaginar o inferno que vai ser! Eu a querer dormir e o pessoal na rua a “tocar” aquela coisa! Oh meu Deus! Eu não sei quanto tempo a selecção vai ficar lá (tenho um palpite mas não o vou dizer), mas espero que o pessoal não se entusiasme e não comece a vestir aquelas saínhas muito giras, assim de farrapos tipo palha, e comecem a andar descalços e em círculos, a bater com o pé no chão… às 2 da manhã…

Ai! O que eu adoro dizer mal! Mas é que o futebol comigo está lixado! Eu até gosto, mas acho ridícula a importância que as pessoas lhe dão, logo, perco qualquer interesse em saber o que se passa.

Olhem, seja o que Deus quiser (quanto ao inferno das vuvuzelas. Quanto ao resto, ouve, quero lá saber…)…

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Binde e Bede!

Cá está a Teacher Bluedressed (ou Miss, como se diria em terras de outra língua materna) para vos dar mais uns lamirés de como se escrevem coisas da forma correcta. Esta é simples… digo eu… VÊEM e VÊM. O que é um e o que é o outro? Em primeiro lugar, e querendo complicar o que não é complicado, são os dois verbos, na mesma pessoa e no mesmo tempo verbal só que… o 1º é do verbo VER e o segundo é do verbo VIR. Vêem? É tão fácil a explicação, é tão fácil a aplicação que até enjoa. Eu até já estou assim um bocadinho pró… mas isso deve ser da fraqueza porque, apesar dos meus 37 quilos não aparentarem, sou uma moça de muito sustento.

Ide em paz e, para qualquer outra dúvida, consultem uma gramática, meus fofos. Não morde, não dói, não vos come nenhum pedaço. Se não tiverem nenhuma gramática convosco, pois que arranjem. Gramática Tradicional porque há outra, a Generativa, mas essa é coisa inventada de quem não tem nada que fazer, não liguem a isso.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Ò gente da minha terra...

Ò gente da minha terra (não sei porque fui pensar que este título é apropriado mas achei-o chamativo...), mas que raio porque é que as paredes das casas na cidade têm que ser tão fininhas?! Tão ocas, que deixam passar todos os sons duma casa para outra?! Digo isto porque, para além de não gostar de ouvir o vizinho de cima a fazer xixi, muito menos gosto de estar em casa do amigo P., em amena cavaqueira, a beber um copo e a fumar um cigarro (sim, somos pessoas com vícios!), e a ouvir sons compassados de “qualquer coisa” a bater contra a parede da sala! Ouvi dizer que na casa ao lado, aquela parede é a parede do quarto dos meninos que lá vivem...
Divirtam-se! A sério, divirtam-se! Muito! Mas será que não dá para porem qualquer sinal na janela, na porta de casa, na porta do prédio? Um sinal que toda a gente entenda? É que a nós não nos custa nada, vamos para a cozinha, não há problema nenhum, e vocês sempre ficavam mais à vontade! Hã?! Que tal? Que dizem?...

A todas as Portuguesas e a todos os Portugueses


Ora aí está uma coisa de que não gosto (desta vez, vou tentar não usar uma linguagem muito radical, correndo o risco de estar a saturar os nossos caros leitores bloguistas. Hoje vou dizer mal… mas em forma fofa). Causa-me um certo e determinado transtorno quando a classe política, principalmente esta, apesar da tendência estar a alastrar-se a todo o poBo em geral (principalmente a certas e determinadas figuras que, querendo causar boa impressão no meio televisivo, recorrem a esta… coisa…) retira do seu bolso (cheio ou não… não quero saber) a nobre tendência de distinguir os dois géneros no discurso. As portuguesas (senhoras primeiro, com licença) e os portugueses (eles, mesmo que não sejam cavalheiros, ficam para o final. É para aprenderem a ser bem educados… ah pois é…). Eu poderia considerar este recurso de oratória uma coisa fofa, é simpático, atencioso. No entanto, meus fofos, eu não considero. Na minha opinião, é desnecessário porque: há uma, em português, usa-se sempre o masculino no plural para englobar coisas dos dois géneros; há outra, o facto de eles atenciosamente se dirigirem a mim de uma forma mais destacada não irá gerar maior vontade de ouvir o discurso deles. Considero, aliás, este recurso uma grande seca, tal como considero aqueles discursos formais, em que uma personalidade fala perante uma elevada audiência: “Sr. Presidente da República, Sr. Presidente da Assembleia da República, Sr. Primeiro-Ministro, Srs Ministros, Srs Deputados” e por aí a fora. Às vezes até é bom eles fazerem isto, porque sempre nos refresca a memória quanto aos nossos órgãos de soberania e a sua hierarquia. E é também curioso ver quem é que um determinado orador acha relevante mencionar no seu discurso: “Este… não vou pôr este palhaço, porque se não tenho de pôr aqui também o outro… Vai só este.”.

É, eu penso nestas coisas todas, quando estou a ver os discursos do 25 de Abril. Devia era ter juízo e só acordar o meio-dia, mas o que é que se quer…

terça-feira, 25 de maio de 2010

Apelo ao Sr. Miguel Sousa Tavares

Queria deixar aqui um apelo ao Sr. Miguel Sousa Tavares: por favor, deixe de escrever livros, histórias, novelas, crónicas, duas linhas que sejam, acerca do deserto! É que para além de me pôr sempre a chorar com aquelas descrições das viagens, dos encontros, das pessoas, da areia, do sol escaldante, das paisagens, do silêncio e, acima de tudo, do que sente ao olhar para aquela imensidão de areia, de espaço e de luz, ainda desperta mais em mim a vontade de um dia lhe enviar um email, fazer um telefonema, tocar-lhe à campainha e pedir-lhe por tudo para me levar consigo na sua próxima viagem! Eu suplico-lhe! Faço tudo o que quiser, vou caladinha, faço de co-piloto (ou não), escrevo-lhe as memórias, monto a tenda, faço o jantar, lavo a roupa, tudo... mas por favor, Sr. Miguel Sousa Tavares leve-me consigo!!!

Intoxicada!

A bem da verdade, na realidade eu estou é engasgada! Engasgada porque isto a vida leva-nos a caminhos nunca esperados e isso é o que eu tenho verificado. A mais recente constatação é a que se segue. Isto é material digno, ãh, digno do nosso CABB, Clube das Amantes de Baixos e Barítonos.

Estava eu a passear pelas internets, a correr a minha lista de blogs, quando leio uma notícia que envolve a Anna Netrebko. Não percebi bem, porque li-a de uma maneira meio transversal mas li muito bem, isso li sim senhores, a parte dela e do seu noivo. Olá! Noivo? Deixa cá ver! Claro, também eu sou uma grande cusca! Ai, meus fofos, o que fui eu fazer… Então não é que o homem… o homem… Eu já o tinha visto aqui há atrasado, numa produção toda pipi do Don Giovanni e já tinha ficado assim a modos que… olha, pois… passa-me aí o copo de água, se faz favor… Mas olhem, fiquei muito contente, porque eles fazem um par muito bonito, porque ela é muito bonita e ele… bom… e haja gente feliz!

Curiosamente, a nossa LittleGirlBlue também ficou assim a modos que embasbacada e lá disse: “Uma pessoa não está à espera de uma coisa destas!”. E não está, e não está. Mas ela foi mais além. Ela elaborou todo um raciocínio acerca da evolução da classe baixo-barítono: desde o típico gordo de barbas, passando pelo refinamento dos altos, já jeitosos mas ainda com uma barriguinha proeminente… ai… até… oh… olhem… até chegarmos à finesse, à mais alta qualidade da estirpe… o Erwin Schrott! O Erwin Schrott! Não lhe vou dizer aqui nenhuns piropos nem considerar se se enquandra nos meus moldes ou não, mas convenhamos… ai…

Olhem, muita saudinha para vocês, Anna e Erwin. Haja muita saúde e sorte para vocês, para o vosso filho e para a vida saudável que levas… Erwin… Que saudável que tu és…
Obrigada sou eu por existires, Érvíne, mas obrigada mesmo!

Estás a ver? Já não gosto, Érvíne. Já não se pode elogiar que arma-se logo em convencido!


Garfield, o que é que estás aí a fazer, Garfield? Não me digas que estiveste a comer os biscoitos de limão que eu fiz de propósito para dar ao Érvíne, Garfield! Oh, oh, oh! Pronto, lá vou ter que o subornar com o filho! Traz aí o gelado de chocolate, pronto… vá…


Cui… cuidado com isso, ‘que o puto ainda é pequenino e eu tenho que impressionar o pai! Ai que pai tão… saudável…

Haverá por aí alguém que me consiga explicar?

Haverá por aí alguém que me consiga explicar porque é que se cospe tanto para o chão em Portugal?
Será fashion? Será sexy? Será que faz os homens mais machos? (e faz o quê das mulheres? Mais finas e requintadas?) Será algum costume enraizado na nossa ancestral cultura e eu eventualmente nasci em Marrocos e não sei?!

Agradeço e espero ansiosamente qualquer explicação por muito breve que seja! Obrigado!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Pisca-pisca!

Ora bem. O post que se segue foi-me gentilmente encomendado pela LittleGirlBlue. Não podendo ser ela a fazê-lo, pois não pôde presenciar a cena que despoletou o texto, pediu-me amavelmente que eu o fizesse, já que foi a mim que me coube a boa ventura.

Sendo eu uma gaja que cresceu grande parte da sua vida num seio familiar matriarcal, e educada, consciente ou inconscientemente, em fortes bases feministas, há coisas que eu tenho muita dificuldade em assimilar… no sentido de digerir. Todas nós, gajas, com um palmozinho de testa (não vou dizer dois para não soar a pretensiosa!), deparamo-nos, por vezes, com homens em que o que nos apetece fazer é abanar a cabeça e dizer: “Eh pá, tu e a tua inteligência machona são uma aberração!”. Isto é um bocado contraditório porque, ao mesmo tempo que nós sabemos que uma pessoa é um esteriótipo, uma caricatura ridícula e extrema de uma determinada classe, não deixamos de nos sentir insultadas e vexadas por ela considerar de facto que as mulheres são seres inferiores.

E nós conhecemos um pintas desses. Não lhe falta a tatuagem, o fiozinho, a meia branca, o passar por nós, ver-nos e não nos dizer nada ou então dizer um: “Boa tarde” que parece que lhe escapou da boca, lá teve de ser, e então “deixa-me cá dizer isto depressa para me esquecer rapidamente que tive de o fazer”. E é incrível. Ele acredita mesmo que é superior a nós. Nem é melhor, mais forte, é mesmo superior. Curiosamente, eu tenho também a mesma perspectiva, pois vejo-o do ponto de vista social e antropológico, vá. Eu também tenho a perspectiva de que o vejo por cima, como uma águia, a sobrevoar.

O que vale é que nos rimos e conversamos um bocado sobre isto, sobre o que de mais cru existe na sociedade e relações humanas. Ai, meu Deus, isto era suposto ser uma coisa em jeito de graçola, mas acho que não sou capaz, mexe demasiado com os meus valores intrínsecos. Olhem, paciência, vou-me já embora que é para isto não piorar.

Vês, LittleGirlBlue, eu sabia que não devia ser eu a escrever isto!

domingo, 23 de maio de 2010

A “grande encomenda”!

Descobri que sou um quebra-cabeças para qualquer empregado de café, restaurante, snack-bar, todo o estabelecimento onde se coma ou beba! Sou a chamada “grande encomenda”! Porquê? Perguntam vocês e muito bem...

1º (isto vai parecer um anúncio à revista Happy!) prefiro Pepsi a Coca-Cola!
2º só bebo sumos naturais, à temperatura ambiente e consequentemente sem gelo! Ah! E sem açucar!
3º detesto café a ferver e portanto... só em chávena fria! Mesmo no Inverno!
4º detesto águas com sabores! Água para mim é só “água” e de preferência da torneira!
5º gosto de ovos bem passados e carne mal passada...
6º tostas mistas nunca, mas nunca, com tomate!

Ora, escusado será dizer que os sumos vêm à temperatura ambiente mas cheios de pedras de gelo (?!); os ovos quase crus e a carne a parecer sola; água das pedras sem sabores mas sempre com rodelas de limão (?!); no Inverno, não há café que não me queime a língua (“Ò menina, mas com tanto frio...”); em vez duma tostinha cheia de queijo derretido, há uma açorda com sabor a tomate que me tira do sério...

A única coisa que me safa é preferir Pepsi a Coca-Cola mas, lá está, sempre carregadinha de gelo e a bela da rodelinha de limão!!!

Basicamente, gosto de tudo ao natural! (E não se atrevam a fazer comentários despropositados...)

quinta-feira, 20 de maio de 2010


Se eu pegar na raiz quadrada e elevá-la ao cubo, subtraio-a por sete...

No “nosso” deserto...

Toda a gente que me conhece sabe que eu adoro ler! Adoro! O que é que eu hei-de fazer? Há coisas bem piores... adoro é ler sem ter vozes “on” por trás de mim! Dos lados! De frente! Aos berros! Como se alguém estivesse a morrer ou estivéssemos todos na feira do relógio a vender camisolas de mousse e pares de meias daquelas da raquete!!!
Gosto de ler nos transportes! Aliás, deve ser onde leio mais. Farto-me de ler nos transportes! Ou pelo menos tento...

Hoje, logo de manhã, vou eu na minha viagem matinal de comboio para o local de trabalho, entretida a ler “No teu deserto” do Miguel Sousa Tavares (e não puxem por mim senão venho para aqui fazer queixinhas e dizer que apesar de ter inaugurado este blog com um post sobre o porquê de não ter este livro, nunca ninguém mo ofereceu e tive que ir comprá-lo na Feira do Livro...) quando entram duas gralhas do sexo masculino que desataram a falar para a carruagem inteira! Confesso que não me interessa nada saber se o fulano A não gosta da areia da praia e só lá vai por causa da “miúda” e que o fulano B gosta, mas é só “das 7 da manhã às 11 e depois das 4 às 7 da tarde”! Meus amigos, não me interessa mesmo nada!

Finalmente saíram! Consegui ler mais 3 linhas... Eis senão quando entram mais duas gralhas, também do sexo masculino, a dissertar sobre se a “gaja” devia fazer isto ou aquilo! Minha amiga, não sei quem és, mas olha que os moços não estavam nada contentes contigo...

Saíram! Haja Deus! Mais 2 linhas e metade de outra... E agora... agora acontece uma das coisas que mais me irrita! Um rapazinho, de telemóvel em punho, a dar música ao comboio inteiro!!! Foi a gota de água! Fechei o Miguel Sousa Tavares (salve seja!), enfiei uns auscultadores e pus a música em altos berros!!!

Estou mesmo à espera de apanhar com gralhas no comboio de regresso... só ainda não sei é de que sexo é que são...


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Já fui ali acima também, meu senhor, e disseram-me que não era. Assim que cheguei fui ali ter com aquela senhora que me disse que era no 2º andar. E depois ainda teve o desplante de me dizer que o elevador está avariado e que o colega do guichet ao lado do dela, às 3ªs feiras, só trabalha lá. Eu nem queria acreditar. Eu disse-lhe: “Então mas eu fiz 50 quilómetros com a perna partida, estou aqui já todo inchado de tanta dor…”.

Ai, que me apanha aqui isto tudo!


É só para vos dizer que, uma semana após a grande tragédia que ocorreu na minha vida, ainda tenho os joelhos doridos… e da cor de um robalo! Entretando, já alterei o meu seguro de saúde, para poder contemplar fisioterapia e… termas e… Maldita a hora! É só eu fazer assim, oh, oh… ai que doooor! Apanha-me aqui isto tudo… Ai… maldita a hora…

As 4ªs feiras...

Detesto a 4ª feira! É um dia idiota! Não começa nem termina nada! Fica a meio, a semana suspensa! Já passaram dois dias do fim de semana mas ainda faltam mais dois! É um dia que me irrita, pronto!
‘Tá bem que os bilhetes de teatro são mais baratos e há jogos de taças europeias na tv mas, fora isso, não consigo ver qualquer utilidade neste dia!
Se pudesse... suprimia-o!!!

Que evoluídos que estamos!!!

O nosso Presidente da República (dizquesimdizqueé) disse “sim” ao casamento entre pessoas do mesmo sexo!

Pareceu-me um bocado mal disposto, o senhor... esverdeado até... o almoço não lhe deve ter caído bem mas... isso com uma aguinha das pedras vai lá! Isso passa! E vai ver que daqui a dois ou três dias já nem se lembra!!!


terça-feira, 18 de maio de 2010


Ê disse-lhe: “Se voltãs a falar assim ca nhámigã, levas um sepape com estã mão que tá aqui à tua frente!”. Ê fui sempre assim desde piqueninã, muite brutã, mas o que é que a gente há-de fazer, né? A gente narce com estas coisas, nãs consegue mudare.

Ele há coisas...

A propósito duma lembrança que a Bluedressed me ofereceu hoje, resolvi vir aqui partilhar convosco uma coisa que me atormenta! Não muito, vá, há outras que me atormentam mais mas pronto, esta é só, talvez, a mais ridícula!

Sabem todas aquelas coisas que supostamente nos fazem relaxar? As bolas, as tartarugas, os elefantes e os golfinhos e até mamas de borracha (oferta do amigo G. ...) para passarmos horas agarrados a elas a apertar, a fazer bem aos nervos e aos músculos (tudo supostamente...), no fundo, para libertarmos a vontadinha que às vezes temos de pregar dois socos em alguém? Sabem? Conhecem de certeza!
Estão a ver também aquelas musiquinhas com o som dos golfinhos e das águias, das ondas do mar, dos passarinhos a cantar e mais uma catrefada de sons supostamente calmantes e muito libertadores das nossas más energias e vontades? Também já ouviram de certeza, pelo menos uma vez na vida!

E se eu vos disser que todas essas coisas me irritam?! Mas irritam ao ponto de esfacelar os bonecos de borracha e pregar dois pontapés na aparelhagem?! Ao ponto de ameaçar as desgraçadas das empregadas de algumas lojas que nos tentam aliciar com esses sons “muito calmantes”, que ou calam a m***a da música ou saio porta fora?! Ao ponto de dizer que detesto golfinhos e que era capaz de andar aos tiros aos passarinhos?! Eu, que adoro animais e até me custa matar uma barata! (Sim, que eu tenho a pouca sorte de ter uma veia muito maternal e de ver em cada bichito a sua família inteira... ora agora matar uma barata? Então e depois os filhos? Quem toma conta deles? Quem lhes vai dar de comer? E o marido? De luto eternamente pela sua barata adorada? Enfim, bidas! Prometo que qualquer dia venho aqui falar dessa minha mania de fazer filmes para tudo quanto mexe! E não mexe também!)

Bom, este discurso todo só para vos dizer que quando pensarem numa prenda para mim, por favor, nunca pensem que eu me quero acalmar! Ofereçam-me antes uma parede, um saco de boxe... qualquer coisa, mas uma bola de borracha é que não! E eu que não dê de caras, mesmo que só de relance, com uma capa de cd com ondinhas!

Quanto ao presente da Bluedressed, serve agora como sinal de que alguma coisa me está a fazer passar dos carretos! Ela já sabe que cada vez que eu começar a apertar o presente e a mudar de cor, é porque... é porque... bem, tu sabes, Bluedressed!

segunda-feira, 17 de maio de 2010


E se eu fizer assim, ãh, estão a ver? O que acham? Eu não acho que fique muito mal, quer dizer... Vou agora experimentar de outra forma. Mais assim? Hmmm? Pois, eu também não sei... Ai, o que é que eu faço?

Papa, olé, olé!



Agora que o Papa já não está em território nacional (na realidade, o que ia dizer era: “já bazou”, mas dada a personalidade, contive-me na expressão), vou contar-vos uma coisa que me chocou deveras. Claro, eu aqui também só venho reivindicar, não é verdade? Pois concerteza! Se quisesse dizer coisas fofas tinha um diário em que colaria pétalas de rosa e outras coisas que mais, mas adiante.

Quando o Papa chegou a Fátima, a população estava rejubilante, a gritar “Viva o Papa”, pois claro, têm todo o direito. Só que, às tantas, estava uma outra multidão a gritar “Papa olé, olé!”. Papa olé, olé? Ele, para além de Chefe do Estado do Vaticano e representante de Jesus Cristo na Terra (corrijam-me se estou errada, porque nem sequer rezar sei) é também ponta de lança… trinco… defesa central? Papa olé, olé! Eu não queria acreditar. Em primeiro lugar, ao pensar naquilo que o próprio Papa estaria a pensar ao ouvir aquilo e, depois, no ridículo da situação. Ok, o Benfica tinha ganho o campeonato há poucos dias mas… Futebol, até o futebol, num momento destes? É como naquelas situações em que queremos dizer uma coisa e acabamos por dizer outra, fugindo-nos a boca para a verdade. Olhem… bidas…

E só para acabar, perdoem-me. Em entrevista a uma rapariga que estava no santuário, após a missa do Papa no dia 13, a jornalista perguntou o que ela tinha achado de uma mensagem em particular. Ela hesitou, disse que já não se lembrava, mas que o discurso tinha sido muito profundo. Pois, secalhar o Papa falou um bocadinho mais baixinho e ela não conseguiu ouvir… aquela parte…

Ai… bidas…

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Vou à caça! Preciso de sombras!

Há gente chata, chata, mas chataaaaaaaaaa... mas alguém achará normal a típica “tia”, entrar numa perfumaria e dizer que quer uma sombra para os olhos mas que está muito indecisa porque não sabe se quer rosa ou verde porque vai à caça? Porque vai à caça???!!!

Claro que o maquilhador de serviço lhe “sugeriu”, e muito bem, que se calhar o melhor era levar a sombra “camuflado”! Sempre fazia “pendant” com a coronha!!!

Amigo R., és o maior!!! Gabo-te a pachorra!
Conheço uma gaja que era boa para fazer de sirene dos bombeiros!

Chiça!!!
Ai.. aquele bacalhau à Zé do Pipo caiu-me tão mal… eu sabia que não devia ter comido aquilo…

É assim que se escreve bom português!!!

Irra! E, para que conste também, um ponto de exclamação é mais do que suficiente para manifestar uma opinião com mais ênfase, mas este assunto de que vou tratar a seguir tira-me tanto do sério que pus logo 3!

Amigos, o que eu vou aqui dizer vai ficar bem registado, está bem? Há gente burra, mas burra, que nunca parou para pensar sobre isto (e olhem que não custa muito) e não sabe distinguir uma coisa da outra. Há gente que não consegue distinguir, na escrita, entre o Pretérito Perfeito do Indicativo de um verbo e o Presente do Indicativo que leva junto de si um pronomezinho. Vamos lá ver se, para aqueles que se incluem no grupo dos burros, esta argolada vergonhosa desaparece de uma vez!

Imaginemos o verbo importar. Tem dois significados, certo? Certo. Quando eu digo assim: “Importas-te de me passar a salada?”, estou a usar o Presente do Indicativo com um pronome que já não me lembro como se caracteriza, mas é um clítico. Agora, se eu disser: “Importaste isso da China?”, estou a usar o Pretérito Perfeito do Indicativo, na segunda pessoa do singular. Por isso, sempre que é Pretérito, meus amigos, sempre é passado, algo que já foi para as galinhas, não é separado com um hífen, a não ser que, numa conversa eu diga: “Então e importaste-te de fazer isso?”. Aí temos as duas situações: o passado do verbo mais o pronomezinho. Amigos, mais atenção: não é “cais-te”, é “caíste” e assim sucessivamente. E falo assim desta forma mais ríspida para ver SE GANHAM VERGONHA! Shame on you!

Muito obigada! Mais aliviada!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Ai tanta dor! Tanta dor!


Ai meu Deus! Ai meu Deus!

E não é que hoje me aconteceu, logo de manhãzinha, uma coisa que não me acontecia há anos? Ai… é verdade… e ainda por cima é daquelas coisas que nos faz reduzir à nossa mais baixa e básica condição, de onde saímos há uns quantos milhões de anos: hoje mandei um grande tralho, um valente tralho! E, ainda por cima, foi um tralho porque quis ser simpática e conscienciosa com o trabalho das outras pessoas e não andar a chafurdar no chão acabado de lavar. Foi monumental! Mala pesada com as toneladas de comida que trago sempre (três taparuéres e uma banana [geralmente é só uma taparuére, mas não ia deixar as favas estragarem-se, por isso lá tive de trazer outra… e mais outra para os… morangos…]), botas escorregadias e záz! De quatro, ali, no chão! Com a rapariga da limpeza super aflita, a sentir-se culpada! Qual culpada, deixa lá isso! Quem me mandou a mim andar em bicos dos pés? Lá me levantei (à rasca dos joelhos, há que frisar) e lá disse qualquer coisa relacionada com o assunto que estava a falar com ela. Conclusão: não me descosi, não me descompus… armei aquela postura do: “Caiu? Mas viram alguém cair? Eu sou uma senhora! Caí, paciência! Vou agora desatar aqui a chorar?” e depois lá disse um: “’Tá tudo bem!”, mas à rasca dos joelhos. Já me estou a imaginar, daqui a 30 anos, em minha casa, num dia de extrema humidade, a amaldiçoar o dia em que, imprudentemente, a preocupação com o trabalho dos outros me levou a deixar as mazelas que tantas dores me causam.

Não, não. Decididamente vou dedicar-me ao bandidismo e gatunagem, porque isto de ser honesta e boazinha só nos dá é… olhem… é dores!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Os Monólogos da Marijuana

Conselho de amiga! Se querem ir ao teatro, ver uma peça divertida, inteligente e que vos deixa bem dispostos pelo menos para 3 meses, vão ao Clube Raul Solnado, no Teatro Villaret em Lisboa ver Os Monólogos da Marijuana!

Aos domingos e segundas feiras, às 21:30, só durante o mês de Maio. Lá estará a Rita para vos receber e o João Craveiro, o Tobias Monteiro e o Paulo Duarte Ribeiro para vos entreter durante uma hora e meia (mais coisa menos coisa...)!

Vale a pena! Garanto que não se vão arrepender!
Deixo-vos aqui um cheirinho, espero que gostem!

Ah! O contacto para reservas é o 96 366 16 01

Se alguém se chegar ao pé de si no café e lhe pedir um café, NÃO é Impulse!
Muito menos é fome!!!
É mesmo só uma grande lata!!!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Peregrinovia

Hoje venho aqui falar duma coisa que me foi suscitada por um comentário feito após a notícia (com muito pouca graça) de que tinham sido atropelados dois peregrinos na estrada, quando íam para Fátima a pé.

Ora, quanto ao sucedido, lamento. Quanto ao comentário que ouvi direitinho da boca de outra peregrina, já não lamento, tendo em conta que me deu uma grande vontade de rir! Eis que esta senhora defende que os peregrinos tenham uma estrada só para eles! Ò minha amiga, minha crente, minha senhora cheia de fé, então mas que raio de peregrinação seria essa, numa estradinha feita à medida para quem vai em pagamento duma promessa, por fé, por acreditar?! E por onde iria passar essa estrada? Da frente da sua casa, dando a volta a Faro, passando por Viseu e pela Figueira da Foz, dando a volta a Viana do Castelo, com uma breve passagem por Bragança? Se calhar era melhor aí, em Bragança, fazerem um cruzamento, com saídas para Braga, Porto e Santiago de Compostela, não?

Já estou a imaginar a “Estrada da Peregrinação”, com Macdonalds de 20 em 20 km, postos de abastecimento de águas de 1500 passos em 1500 passos, lojas de recuerdos em cada grande cidade... Por sugestão de quem ouviu o comentário comigo, poderia sempre pensar-se em construir uma “peregrinovia”!

Quanto a vocês não sei, mas eu, meus amigos, não pretendo ir a pé para Fátima porque acho que os coletes reflectores não me ficam bem... De qualquer forma, respeito quem o faz e, em vez de comentários infelizes e despropositados, tenham mas é cuidado com as “biaturas” que por aí circulam!