terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Oh patroa, adianta aí uns trocos!


A espera ia ser longa, embora a tarde mal tivesse começado. A Bluedressed, escaldada da experiência do Natal passado, dirige-se à loja e retira a senha. Olha para o número. 100 pessoas à frente. Por se encontrar num centro comercial, não se incomoda e decide ir dar as restantes voltas. Regressa volvidos 20 minutos: 40 números passaram. “Não faz mal”, pensa, “ainda tenho coisas para ver”. Uma hora depois de ter retirado a senha, volta. Ah! Faltam apenas 6 números. Decide esperar. A pessoa com quem estava comenta que são a seguir. De repente, uma senhora começa a falar com a pessoa que acompanhava a Bluedressed. O seu número é chamado e avança. À saída, a companhia da Bluedressed diz o seguinte: “Aquela senhora queria que eu lhe comprasse ******** (conteúdo a explicar mais à frente) e disse que depois me dava o dinheiro.”.

A estupefacção foi unânime. Meus senhores, quereis saber o que ela pedia? Café, meus senhores, café. E onde estávamos nós? Na loja chiquíssima e pseudo-elitista de compra de cafés, seus acessórios e afins. É verdade. Também se pedincha lá. E, a avaliar pela postura da senhora em questão, estou em crer que enchia um carrinho à pala do “só quero uma caixa, não tenho aqui dinheiro mas dou-lhe já a seguir”. Digo eu. Ensinou-me a minha avozinha que quem não tem dinheiro não tem vícios. Eu sei que, secalhar, sai mais barato comprar café do que tratar a recassa que ele provoca, mas eu preferia que me dissessem: “Oh patroa, adianta aí uns trocos para eu comprar 10 unidades de arpeggio.”. Assim, eu sempre poderia retorcer os olhos e argumentar: “C’órror! O Rosabaya da Colômbia é muito melhor!”. Ao menos era uma pedinchice com mais nível, digo eu.

1 comentário:

Ou estou grávida ou tenho diabetes disse...

"Uau! É preciso ter uma lata!" (comentário deixado por Nobre Sandra)