sexta-feira, 4 de março de 2011

O Carnaval!

Como este é um blog sui generis e nem eu nem a Blurdressed desejámos as Boas Festas a ninguém, achei que devia pelo menos vir aqui, não desejar um Feliz Carnaval mas dissertar acerca desta festividade.

Para que fique bem assente e para começar em beleza, aviso já que detesto o Carnaval! Detesto!!!

Passado este meu desabafo... hoje vi três desfiles de Carnaval de criancinhas com menos de 7 anitos! Fofos, muito fofos, devo dizer-vos! Mas... comecei cá eu a pensar... quando eu era miuda (e não vamos falar de há quantos anos isso foi...)o pessoal mascarava-se mas de outra forma. Quer dizer, quem nos fazia a roupinha eram as mães, quem nos pintava as caras eram os pais, íamos desencantar os chapéus e os vestidinhos dos avós, pediamos roupa emprestada aos vizinhos... enfim, pelo menos era o que eu fazia bem como os meus colegas e amigos!

É que, cheguei eu à conclusão, lá fofas as criancinhas eram, quanto mais não seja pelas carinhas de sono que levavam mas... que pena, eram todos iguais! Mais de 20 homens-aranha! mais de 37 sevilhanas! 5 ou 6 batmans (acho que o Batman está a descer no ranking!) Escudeiros, cavaleiros e Dartacãos pr'aí uns 49! Aqueles fatinhos luzidios, ainda com os vincos das embalagens não têm assim muita graça!

Não sou nada saudosista mas confesso que ainda conseguia achar alguma graça ao Carnaval quando o pessoal se mascarava de minhota e cowboy, de palhaço ou de bebé, com um ar manhoso mas cheios de personalidade!

Confesso aqui que a única vez que gostei do Carnaval foi quando me mascarei de Emília (do Sítio do Picapau Amarelo. A boneca de trapos, lembram-se dela?). Com um vestidinho da minha mãe, umas meias cheias de remendos que a minha fez, uma cabeleira de tecidos que a minha mãe também fez com tanto amor e carinho e com a cara maravilhosamente pintada pelo meu pai!

Percebo que hoje em dia, as mães têm mais que fazer do que passar um fim de semana agarradas à maquina de costura e que os pais tenham medo de demonstrar poucos dotes artísticos para a pintura mas que era muito mais giro, era! E era tão fácil! Ver o meu maninho, pequenito, mascarado de índio, com um pijaminha laranja cheio de fitas e um arco e uma flecha que o meu pai lhe ofereceu é das melhores recordações que tenho do Carnaval!

Como diria a Bluedressed: Bidas!!!

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