quarta-feira, 24 de março de 2010

Aspas... para que te quero?


Como eu sou uma gaja de palavra, cá me encontro novamente com vocês para vos matar a curiosidade sobre o tal momento traumatizante da minha vida.

Local: faculdade
Ano: não vem ao caso, mas já vão uns quantos. Ah, já percebi, desculpe. Estava a perguntar ano da faculdade? Ah... (risinho de nervosismo... ups!) 1º (ah, caloira...)
Cadeira: Cultura Portuguesa I (felizmente nunca cheguei a ter a II!)

Pois que era meio-dia, aquela hora horrível em que meus olhos um grande esforço faziam para se manterem abertos. Caloira, recém-chegada também à cidade, ainda a ambientar-me a uma série indeterminada (reparem no meticuloso trocadilho com “certa e determinada”. Rebuscado!) de coisas. Professora execrável: baixinha, magrinha, cabelo branco, distante, que não olhava nos olhos dos alunos. No meio de uma enxurrada de coisas que não percebia, finalmente disse algo num português que consegui assimilar. Oh, e que mensagem! Ela disse... ela disse... que usam-se as aspas abusivamente, cegamente... injustamente... e pior! Ela fez pior! Ela... ela ergueu as mãos e... troçou daqueles que, no discurso oral, erguem também suas mãos e fazem o gesto das aspas. Oh... Oh!

De tal maneira captei a mensagem que até hoje retenho isto e nunca, NUNCA mais fiz o gesto. Verdade seja dita que nunca o fazia muito mas... nunca mais. E na escrita ainda menos... até... até... pronto... até... começar o blog. Mas pronto, aqui é diferente, é um tom mais coloquial, mais: “Então, pá, ‘tás bom?” e coiso... Entendem, não entendem?

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