quinta-feira, 22 de setembro de 2011

“Xim, êu açaitso suoléinemêintse servite o Estadzo dza Répuoublica Portsuguêisa e honrar o meu cargo, tsá?”


E não é que eu agora tornei-me, de um momento para o outro, numa cidadã exemplar e consulto o Diário da República todos os dias? É verdade! Ali vou eu, qual lobo vorazmente à captura da sua presa, ler a dita publicação, mas electronicamente, entenda-se. Sim porque em papel, diga-se, é um estorvo do caráças e ainda por cima não se pode deitar fora. Bem, mas adiante.


Leio aquilo e ainda me surpreendo com algumas coisas: “Oh! Tanta nomeação!”, “Oh, aposto que esta ganhou mas nem se esfalfou toda para isso”, entre outras exclamações, mais ou menos blasfémicas e difamatórias para a honra dos envolvidos. Mas o que me faz realmente passar da cabeça, meus fofos, não é a Kiki que conduz um BMW vintage e que foi para a Secretaria de Estado ser assessora, não! O que realmente me indigna, meus fofos, é que a praga que se alastra por este país a dentro já chegou às mais altas instâncias respeitáveis e institucionais do nosso país: ele são vírgulas logo a seguir ao sujeito, ele são vírgulas a seguir a um verbo transitivo, logo, antes do complemento directo… e fico triste. Fico triste porque estes senhores têm de saber fazer bem as coisas, têm que dar o exemplo e assim não conseguem. Fico triste, pá. Mas… esperem, esperem lá… querem….  querem ver que afinal é a Kiki que redige o DR?

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